Para começar o samba-rock
ao contrario do que muita gente pensa não é um gênero musical e sim um
estilo de dança.
Muita gente dança, muita gente curte e admira mais não sabe
como surgiu essa dança que faz a gente trançar os braços e girar sem parar...
O samba-rock pode ser considerado uma fusão do samba com
ritmos americanos, como o bebop, o jazz e o soul. A expressão samba-rock
apareceu no final dos anos 60 para designar essa mistura do samba brasileiro
com a harmonia americana do blues, o pai do rock. Em 1958 Jackson do Pandeiro
na sua canção Chiclete com Banana usou o termo samba-rock. Na década de 70,
existiam várias expressões para designar o ritmo: samba-jazz, sambalanço, etc.
Na época da Jovem Guarda, Erasmo Carlos, sofrendo o preconceito por parte dos
defensores da MPB, pedia que a juventude da guitarra, além do iê-iê-iê abrisse
os ouvidos ao samba, à nossa música.
O Sambarock é uma dança que surgiu da criatividade dos
freqüentadores dos bailes em casas de família e salões da periferia de São
Paulo, no final da década de sessenta e no começo da década de setenta
mesclando se os movimentos do rock and roll hoje rockabilly com os passos do
samba.
O ritmo atingiu o auge nas décadas de 70 e 80, nos bailes black da periferia, ao som de Jorge Bem. Em 1970, Jorge Ben se une ao trio Mocotó, lançando Muita Zorra, LP com hits do samba-rock e 2 músicas de Roberto e Erasmo Carlos (Coqueiro Verde e O Sorriso de Narinha). Por causa da mistura entre a nossa música e a norte americana, pregada pelo movimento, este sofria muito preconceito.
O samba-rock foi se fortalecendo na camada social mais baixa, dos negros da periferia, que rodopiavam majestosamente nos bailes. Atingiu sua maior força com os compositores Bebeto, Bedeu e Luís Vagner, que podem ser considerados os verdadeiros representantes dessa música. São Paulo sempre foi o maior representante desse ritmo, porém este apareceu em menor escala também no Rio de Janeiro e Porto Alegre.
Outros compositores contribuíram para que o ritmo permanecesse vivo até hoje, entre eles Carlos Dafé, Marku Ribas, Itamar Assunção e Branca di Neve.
O samba-rock como forma de dança sofreu influências do rockabilly dos anos 50 e 60, só que com movimentos mais suaves, sem passos aéreos, porém com muitos giros, tanto do cavalheiro quanto da dama.
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