Infelizmente, aqui no Brasil, muito se observa a desvalorização do trabalho artesanal, tanto pelos consumidores ávidos por preços cada vez mais baixos, quanto pelos vendedores que na hora da formação de seus preços, acabam por baratear demais seus produtos, devido a enorme concorrência.
Mas isso precisa mudar, pois sabemos que o artesanato é algo exclusivo, raro, que demanda grande tempo e dedicação por parte do artesão, ao contrário do que ocorre com os produtos industrializados que são feitos em grande escala, não possuindo a mesma beleza de um produto feito à mão.Assim, a valorização deve partir primeiro do artesão através da formação de preço, já que é a pessoa mais indicada para definir o quanto foi trabalhoso e custoso para se fazer aquela determinada peça, devendo também deixar de lado a tentação em baixar demais o preço, em decorrência dos outros artesãos que não são conscientes com relação ao valor de seu trabalho.
O que acontece quando um artesão desvaloriza o seu trabalho é um terrível ciclo vicioso, em que o outro artesão que vende peças parecidas também desvaloriza para competir nas vendas e nisso, os consumidores também acabam por pechinchar mais e mais por acreditarem que aquele produto possui pouco valor.
Então, é preciso calcular corretamente as despesas, mão de obra, tempo gasto, lucro pretendido, entre outros elementos para se chegar a um preço justo. E pode ter certeza que os motivos pelos quais farão um consumidor comprar a sua peça serão a beleza, a qualidade e o talento despendido.
Vamos valorizar o trabalho artesanal, as nossas horas de sono perdidas, o tempo gasto com a mão na massa! Sejamos todos artesãos verdadeiramente profissionais!
E é nesse sentido, para auxiliar aos artesãos que têm dúvidas com relação a como colocar preço em seu trabalho e tomando por base uma pesquisa feita através da Internet que deixareremos duas sugestões:
Opção 1: É bem simples essa fórmula, mas pode o preço final ficar um pouco fora do mercado, mas serve para ter uma idéia – Despesas gerais (com material, mão de obra, transporte…) multiplicado por 3 para venda no varejo e multiplicado por 2 ou 2,5 para o atacado.
Se for utilizar vendedor externo, pode-se acrescentar 20% do valor que é a média paga pelos artesãos como comissão.
Ex: Despesas gerais = R$ 7,00 x 3 = 21 + 20%(R$ 4,20) = R$ 25,20
Opção 2: É mais detalhada e por isso dá uma melhor formação de preço – Primeiro, somar as despesas com material do produto, depois pegar o valor e adicionar o custo da mão de obra (o custo da mão de obra deve ser calculado levando em consideração as horas trabalhadas), não esquecer de estipular e adicionar o custo fixo (esse custo fixo eu chamo de luz, embalagem, etiqueta, estacionamento ou ônibus, entre outros que você pode dar um valor fixo para adicionar sempre),acrescentar o lucro pretendido (quanto você pretende ganhar com a venda para sua remuneração e para compra de futuros materiais) e o valor
final encontrado será o valor de venda. Se for utilizar vendedor externo, pode-se acrescentars 20% do valor que é a média paga pelos artesãos como comissão.
Ex: Despesas com material (R$ 5,00) + mão de obra (* 2horas = R$4,70) + custo fixo (R$ 2,00) + lucro (R$ 10,00) = R$ 21,70 + 20% (comissão de R$ 4,34) = R$ 26,04
*Foi tomado como base o salário mínimo para calcular a hora;
Fonte: www.mulhercriativa.com.br
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